AMIGO IMAGINÁRIO

Muitas crianças de até sete anos de idade vivem intensamente algumas fantasias.

Geralmente, elas inventam amigos imaginários que podem ser um bichinho de pelúcia, um travesseiro, um brinquedo ou a imagem mental de uma pessoa.

Embora alguns pais demonstrem preocupação, é comum a figura do amigo imaginário na infância. Isso não é uma patologia, más uma forma de expressar o que sente. Faz parte do desenvolvimento cognitivo e emocional das pessoas. Além disso, em momentos como a separação dos pais, a companhia imaginária ajuda a criança superar as situações de desconforto com mais facilidade.

O amigo imaginário é importante por ser uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento do diálogo e criatividade em diversas situações, das mais simples a mais complexas. Isso é normal e saudável, desde que não seja a única forma de brincar.

E o que os pais podem fazer quando o filho estiver conversando com o amigo imaginário?

A família deve reagir com naturalidade e aproveitar o amigo imaginário para conhecer e disciplinar o filho. Por exemplo, se o filho não gosta de escovar os dentes, diga a ele que o amigo gosta e seu sorriso fica mais bonito. A criança se sente “apoiada” pelo amigo e acaba experimentando algo desconhecido. Algumas crianças dão ao amigo, características que gostariam de ter ou medos que não consegue enfrentar.

As crianças costumam esquecer os amigos imaginários quando se sentem capazes de lidar sozinhas com as questões que as fizeram criá-los. Os pais não devem determinar o momento de a criança deixar o amigo. Quando a criança estiver preparada ela mesma saberá a hora de se despedir.

Algumas crianças demonstram maior dificuldade na despedida e acabam levando consigo o amigo imaginário para além dos 7 anos de idade. Nesses casos é importante a ajuda dos pais em mostrar a diferença da fantasia e realidade. Caso ainda persista vale a visita em um psicólogo.

Esse é um recurso que todos nós usamos para lidar com alguma situação de relacionamento com outra pessoa, então treinamos mentalmente a cena para o futuro convívio real. As crianças criam e falam com os amigos imaginários e os adultos apenas falam sozinhos imaginando que estão falando com a pessoa.

Com amor,

Ana Flávia Fernandes

5 de junho de 2013
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